O câncer de próstata 2ª causa de câncer no homem (após o câncer de pele não melanoma) e a 2ª causa de morte por câncer no homem (após CA de pulmão). É um câncer mais comum na população idosa (homens acima de 65 anos).
Percebeu como é um câncer comum na população masculina?
Por isso, hoje iremos te informar tudo que você precisa saber do câncer de próstata.
Tenha uma excelente leitura!
Fatores de riscos:
1. Homem com idade acima de 65 anos
2. Histórico familiar de câncer
3. Negros
4. Dieta rica em lipídeos
5. Obesidade
6. Mutação em BRCA1 e 2
Screening:
Sociedade Brasileira de Urologia
- ≥ 50 anos: Avisa sobre risco em relação ao benefício
- ≥45 anos: Se houver algum fator de risco, como histórico familiar de primeiro grau ou raça negra
- > 75 anos: Quando a expectativa de vida for maior que 10 anos
O que o médico deve pedir?
Toque retal + PSA (anual se >1ng/mL ou alto risco)
Obs 1.: Na prática também pede USG abdominal
O que deve ser observado?
1. Toque retal suspeito: próstata com nódulos ou consistência endurecido
2. PSA suspeito: ≥4 ng/mL
Obs 2.:
- Basta 1 dos exames alterados para seguir com confirmação através de biópsia por USG transretal.
- Na biópsia é retirado 2 fragmentos do ápice, médio e base dos 2 lobos da próstata = 12 fragmentos.
Clínica
- Assintomáticos (60%)
- Hesitação ou jato urinário fraco (doença localmente avançada)
- Hematoespermia
- Edema de MMII
- Dor óssea (metástase)
Score de Gleason
- Indica prognóstico
- Soma as duas histologias mais frequentes (x + y) dentre as 5 histologias possíveis
- Vai do mais diferenciado (mais nocivo) para o menos diferenciado (agressivo)
- Só considera câncer se Gleason ≥6
Obs 3.:
3 + 4 tem melhor prognóstico que 4 + 3 à por isso foi criado o ISUP
IMPORTANTE:
≤ 6: bem diferenciado (baixo risco)
7: moderadamente diferenciado (médio risco)
8-10: indiferenciado (alto risco) – LN pélvicos e metástase à distância mais provável
Gleason 6 3 + 4 = 7 4 + 3 = 7 8 9-10 |
ISUP 1 2 3 4 5 |
Sobrevida (5anos) 96% 88% 63% 48% 26% |
Estadiamento TNM
Disseminação
- Local: vesículas seminais e base da bexiga
- Linfática: Linfonodos pélvicos (obturadores) e paraórticos
- Hematogênica: óssea – metástases blásticas (principal)
1. Coluna lombar
2. Fêmur proximal
3. Pelve
Estadiamento
T: Ressonância Magnética
N: TC abdominopélvica com contraste
Linfadenectomia – Definitivo
M: PET-TC ou cintilografia óssea
Grupos prognósticos D’Amico
Baixo risco
- Até T2a
- Gleason até 6
- PSA até 10ng/mL
Importante: Não solicita exame complementar
Risco intermediário
- T2b
- Gleason 7
- PSA 10-20ng/mL
Importante: Solicita TC com contraste
Alto risco
- T2c até T3a
- Gleason 8-10
- PSA >20ng/mL
Importante: Solicita Cintilografia Óssea (ou dor óssea)
Tratamento:
Baixo risco
- Conduta expectante: se expectativa de vida <10anos ou múltiplas comorbidades
- Vigilância ativa = PSA + biópsia de 6/6m
- Prostatectomia radical (padrão-ouro) ou radioterapia
Risco intermediário
- Prostatectomia radical +/- Linfadenectomia estendida, se acometimento de linfonodos
- Radioterapia +/- hormonioterapia, se acometimento linfonodos
Alto risco (doença avançada): terapia de privação androgênica
- Orquiectomia bilateral
- Agonista GnRH
- Bloqueadores dos receptores androgênicos
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