O que é hipnose?
A hipnose, frequentemente mal compreendida, não é sono, apesar de seu nome derivar da palavra grega "hypnos" (sono). Na verdade, trata-se de um estado de concentração e receptividade intensa, onde se utiliza a imaginação e a atenção focada do paciente.
Como funciona a hipnose?
Ao contrário do mito popular, o hipnotista não impõe o transe ao paciente. O poder hipnótico reside no próprio paciente. O papel do clínico é ajudar o paciente a descobrir e utilizar essa habilidade inata de maneira eficaz. A motivação, a personalidade e a predisposição biológica do paciente influenciam sua capacidade hipnótica.
O que ocorre durante o transe hipnótico?
No estado de transe, a atenção e a imaginação são amplificadas, enquanto a consciência periférica diminui. Esse estado pode ser induzido por um hipnotista ou ocorrer espontaneamente. A habilidade de entrar em transe é uma característica relativamente estável ao longo da vida de uma pessoa.
Quais as indicações clínicas da hipnose?
A hipnose pode ser uma ferramenta valiosa no diagnóstico e tratamento de diversas condições. Ela facilita a aceitação de novos pensamentos e sentimentos, sendo útil para tratar tabagismo, alimentação excessiva, fobias, ansiedade, sintomas conversivos e dor crônica. Pode ser eficaz em uma única sessão, ensinando o paciente a praticar auto-hipnose. Além disso, é usada em psicoterapia, especialmente para transtorno de estresse pós-traumático e recuperação de memória.
Quais são as contraindicações e precauções da hipnose?
Embora a hipnose em si não seja perigosa, deve-se ter cuidado com a transferência emocional intensa que pode ocorrer. Pacientes hipnotizados podem desenvolver uma forte dependência do terapeuta, e sentimentos inadequados podem surgir. Também é crucial evitar pacientes com problemas de confiança básica, como indivíduos paranoides ou que necessitam de elevado controle. É essencial que o hipnotista possua um forte senso ético, pois o paciente hipnotizado tem menor capacidade de avaliar criticamente as sugestões.