Conceito de delírios:
Os delírios são crenças fixas e falsas que não fazem parte da cultura do indivíduo. Somado a isso, essas crenças são mantidas mesmo diante de evidências que as contradizem.
O que caracteriza o transtorno delirante:
Esse transtorno é diagnosticado quando uma pessoa apresenta delírios não bizarros por pelo menos um mês.
É importante destacar que os delírios não bizarros são aqueles que envolvem situações que podem acontecer na vida real, como acreditar que está sendo seguido ou que alguém está apaixonado por ela.
Por que os delírios são interessantes do ponto de vista psiquiátrico?
Eles são intrigantes devido à grande diversidade de crenças falsas que podem ser sustentadas e à dificuldade em tratá-los.
Principais tipos de delírios:
Epidemiologia do transtorno delirante:
O transtorno é raro, com prevalência de 0,2% a 0,3% nos Estados Unidos. É menos comum que a esquizofrenia (1%) e os transtornos do humor (5%).
Além disso, homens têm maior tendência a apresentar delírios persecutórios, enquanto mulheres desenvolvem mais frequentemente delírios de erotomania.
Como esses delírios podem afetar a vida dos pacientes:
Apesar de causarem sofrimento, muitas vezes não interferem significativamente no funcionamento geral do indivíduo. Por isso, alguns pacientes conseguem manter emprego e relacionamentos.
Curso clínico do transtorno delirante:
O transtorno delirante pode ter um início gradual ou súbito. A doença geralmente é contínua, mas a intensidade dos delírios pode variar. Em muitos casos, os pacientes não procuram ajuda psiquiátrica voluntariamente, sendo levados por familiares ou devido a situações judiciais.
Referência: SADOCK, B. J.; SADOCK, V. A.; RUIZ, P. Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.