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Aprenda a realizar o diagnóstico e tratamento do transtorno do estresse pós-traumático

  • Por: Cenbrap
  • Em: quarta-feira, 15 de junho de 2022
  • Categoria: Psiquiatria
  • Fonte: Cenbrap

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O transtorno de estresse pós-traumático ocorre após experiência traumática que envolve risco de morte ou da integridade física do próprio indivíduo ou de terceiros. O paciente apresenta, após um período de 30 dias, sintomas como revivescência do evento traumático, hipervigilância, evitação e sintomas negativos cognitivos e afetivos, que levam a comprometimento em seu funcionamento em vários campos da vida social, familiar e de trabalho ou estudo.

Por meio de estudos realizados em cidades do Rio de Janeiro e São Paulo mostraram uma prevalência dessa doença de 8,7 e 10,2%, respectivamente. Esse número é impressionante e mostra a importância do médico saber reconhecer um paciente com esse transtorno para tratar corretamente.

 

Diagnóstico:

O Transtorno do estresse pós-traumático está incluído em um novo capítulo do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) intitulado “Trauma e transtornos relacionados com o estresse”, cuja origem pode ser especificamente atribuída à situação de estresse e trauma.

O critério A1 do DSM-IV-TR exigia que o evento traumático fosse vivenciado ou testemunhado pelo próprio indivíduo. Esse critério foi ampliado e, hoje, ter conhecimento de um evento traumático vivenciado por uma pessoa próxima ou ser exposto a detalhes repulsivos do trauma também pode satisfazer critérios diagnósticos. Vale ressaltar que esse critério não se aplica à exposição por meio da mídia. Não há exigência de que o evento seja vivenciado com intenso medo, desamparo ou horror.

Critérios diagnósticos (DSM-5):

 

A. Exposição ou ameaça de morte, ferimento grave, violação sexual de uma das seguintes maneiras:

1. Sofrer exposição direta ao evento traumático;

2. Presenciar o evento que ocorreu a outras pessoas;

3. Saber que o evento traumático ocorreu a um familiar ou amigo próximo;

4. Ser extremamente ou repetidamente exposto a detalhes aversivos do evento.

 

B. Presença de um ou mais sintomas intrusivos associados ao evento traumático, iniciado após o evento traumático:

1. Memória intrusiva, involuntária e recorrente do trauma;

2. Sonhos recorrentes relacionados com o evento traumático;

3. Dissociações: alterações da percepção da realidade ou de si próprio, inabilidade de lembrar fatos importantes relacionados com o trauma;

4. Estresse psicológico intenso ou prolongado diante de algo que simbolize ou lembre o evento traumático;

5. Reações fisiológicas evidentes diante de algo que simbolize ou lembre o evento traumático.

 

C. Evitação persistente de um estímulo associado ao evento traumático, iniciado após evento traumático, evidenciado por, pelo menos, um dos sintomas:

1. Evitação ou esforço para evitar lembranças, pensamentos ou sensações associadas ao evento traumático;

2. Evitação ou esforço para evitar pessoas, lugares, conversas, atividades, objetos e situações relacionadas com o trauma.

 

D. Alterações negativas na cognição e no humor, iniciando ou piorando após o evento traumático, evidenciado por dois ou mais sintomas:

1. Incapacidade de recordar aspectos importantes do trauma;

2. Pensamentos negativos persistentes e exagerados ou expectativas negativas sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo;

3. Cognições distorcidas e persistentes sobre a causa ou as consequências do evento traumático que levam o indivíduo a culpar a si mesmo ou a outros;

4. Estado emocional negativo persistente;

5. Diminuição do interesse ou participação em atividades significativas;

6. Sensações de distanciamento ou estranhamento dos outros;

7. Inabilidade persistente de sentir emoções positivas, como felicidade, satisfação ou amor.

 

E. Alterações importantes na excitabilidade e reatividade, iniciando ou piorando após o evento traumático, evidenciado por dois ou mais sintomas:

1. Irritabilidade ou explosões de agressividade expressada por agressão verbal ou física contra objetos e pessoas;

2. Comportamento autodestrutivo ou imprudente;

3. Hipervigilância;

4. Reações instintivas exageradas;

5. Problemas de concentração;

6. Distúrbios de sono.

Pontos de destaques:

1. Duração dos sintomas (critérios B, C, D e E) superior a 1 mês;

2. O transtorno causa sofrimento significativo ou prejuízo social, ocupacional, funcional ou em outras áreas importantes do funcionamento;

3. Não é secundário a efeitos psicológicos de substância ou outra condição médica geral.

 

Fatores de risco:

- Gravidade do trauma;

- Dissociação peritraumática;

- Gênero feminino;

- Jovens;

- Baixos níveis socioeconômico e educacional;

- Antecedentes psiquiátricos pessoais e familiares;

- Exposição a trauma anterior, sobretudo na infância;

- Ausência de apoio social;

- Predisposição biológica.

 

Comorbidades mais frequentes

- Depressão e distimia;

- Transtorno de ansiedade generalizada;

- Transtornos relacionados com o uso de substâncias.

 

Tratamento:

Antidepressivos:

- Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina são os medicamentos de primeira escolha para o tratamento de transtorno de estresse pós-traumático.

- A paroxetina e a sertralina demonstraram taxas de 62 e 53% de remissão dos sintomas, respectivamente.

- Entre os antidepressivos tricíclicos, a imipramina e a amitriptilina demonstraram redução nos sintomas de transtorno de estresse pós-traumático.

 

Obs 1.: A trazodona apresenta eficácia limitada para os sintomas de transtorno de estresse pós-traumático, porém é usada em associação com os inibidores seletivos da recaptação de serotonina em pacientes com insônia refratária.

Obs 2.: Os sintomas de transtorno de estresse pós-traumático remitiram em 64,5% em um estudo controlado com mirtazapina.

 

Antipsicóticos:

- Habitualmente, são usados como terapia adjuvante para pacientes refratários aos antidepressivos.

- Os antipsicóticos reduzem transtornos do sono, agressividade, agitação, ansiedade, hipervigilância, lembranças intrusivas, flashbacks dissociativos e sintomas psicóticos.

- Existem estudos com resultados positivos para risperidona, quetiapina e olanzapina.

 

Benzoadiazepínicos:

Podem ser usados com terapia adjuvante, no controle dos sintomas ansiosos e transtorno do sono presentes em transtorno de estresse pós-traumático, preferencialmente por curtos intervalos de tempo, pelo risco de dependência.

 

Antagonistas adrenérgicos:

- Clonidina, propranolol, prazosina e guanfacina podem ser utilizadas para redução do tônus adrenérgico, com consequente redução das lembranças recorrentes do evento traumático, dos sintomas ansiosos e da hiperexcitabilidade.

- A prazosina mostrou eficácia na redução dos pesadelos.

 

Anticonvulsivantes:

- Acredita-se que possam exercer efeitos terapêuticos por um mecanismo antikindling.

- Estudos mostram a eficácia de carbamazepina, ácido valproico e lamotrigina para sintomas de TEPT, porém são necessários estudos controlados.

- Um estudo controlado com topiramato não mostrou superioridade ao placebo, e a taxa de abandono foi muito alta.

 

FIM

 

Para conhecer mais assuntos como o do texto acima, conheça nossa Pós-Graduação de Psiquiatria da Faculdade Cenbrap.

Referência:

Manual de psiquiatria clínica - Felipe Paraventi

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