Conceito de Tireoidite de Hashimoto :
A Tireoidite de Hashimoto (TH), descrita por Hakaru Hashimoto em 1912, é a forma mais comum de tireoidite e uma causa frequente de hipotireoidismo.
Epidemiologia da Tireoidite de Hashimoto:
A prevalência global da Tireoidite de Hashimoto varia de 0,3 a 1,5 por 1.000 indivíduos, sendo mais comum em mulheres (5 a 20 vezes mais frequente). O pico de incidência ocorre entre 40 e 60 anos.
Fatores de Risco da Tireoidite de Hashimoto:
Patogênese da Tireoidite de Hashimoto:
A patogênese da Tireoidite de Hashimoto envolve a ativação anormal dos linfócitos T, resultando na produção de autoanticorpos contra antígenos tireoidianos e na destruição do tecido tireoidiano. A molécula CTLA 4 desempenha um papel crucial na regulação negativa da ativação dos linfócitos T.
Diagnóstico:
A maioria dos pacientes é assintomática, e o diagnóstico é geralmente feito através de exames de rotina ou pela presença de um bócio discreto. O hipotireoidismo é a queixa inicial em 10 a 20% dos casos.
A principal característica laboratorial é a presença de anticorpos anti-TPO, encontrados em títulos elevados na maioria dos pacientes. A dosagem de anticorpos anti-TG não é rotineiramente indicada. Níveis de FT4 e TSH variam de acordo com o estado de função tireoidiana do paciente.
A Tireoidite de Hashimoto é caracterizada por um infiltrado de linfócitos, plasmócitos e macrófagos no parênquima tireoidiano, com graus variáveis de atrofia e fibrose.
Considerações Finais:
O diagnóstico diferencial da Tireoidite de Hashimoto deve sempre ser considerado em pacientes com hipotireoidismo primário ou bócio difuso atóxico, e a presença de anticorpos anti-TPO em títulos elevados confirma o diagnóstico.
Fonte: VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020.